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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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JOSÉ LEITE
( BRASIL – RIO GRANDE DO NORTE )

 

José Leite, filho de Lino Leite e Francisca das Chagas Lima, nasceu na cidade de Apodi, Rio Grande do Norte.
É formado em Contabilidade e Bacharel em Direito.
Membro correspondente da Academia Petropolitana de Poesia “Raul de Leoni”, de Petrópolis – RJ; Academia Interamericana de Literatura e Jurisprudência, de Anápolis – GO; Academia Mossoroense de Letras de Mossoró -RN, e Instituto Cultural do Oeste Potiguar, também em Mossoró.
Participação em Antologias:  Anuário dos Poetas do Brasil, 1986; Cascata de Versos, 1987; Poetas Brasileiros de Hoje, da Shogun Arte, 1989; Dicionários de Poetas Contemporâneos, 1991, do Rio de Janeiro; Valores Literários do Brasil, vol. VIII e XVI, em Brasília – DF. Publicação da coleção Flagrantes das Várzeas do Apodi. 
Participação na antologia “World Poetry”, editada na Coreia do Sul.
Endereço: QNJ 40, Casa 14 – Taguatinga
CEP 721-O40-O0O Brasília- DF

 

15 ANOS DE POESIA – PROSA E VERSO.  Antologia da Casa do Poeta Brasileiro. Seção Brasília – DF  - 1978-1993.  Brasília: 1993?  144 p.  ilus.  Capa: aquarela de
Ydê Afonso.  15,5X22,5 cm.  N. 03 949
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

 

 


 PEITO FERIDO

 Se eu pudesse exprimir em simples versos
as saudades que sinto de Apodi,
eu esconjuraria os fatos adversos
que, há tanto tempo, tiraram-me dali.

Perdi de vez todas as esperanças
de voltar à minha terra tão querida,
de abraçar amigos se retomar andanças
e de rever a lagoa inesquecida.

Tantas lembranças tenho na cabeça,
que preciso escrever seja o que for


II O Aguaceiro

A Rua da República que desce.
quando chove, ao correr do meio-fio
corre a água que se escorre e vai tão célere
que tudo leva rua abaixo e, nisso,
o que se põe na corredeira perde-se
como se nunca a gente houvesse visto.
Hoje, passado o tempo, conto a leve
história cuja essência aqui revivo:
quando criança, me punha na calçada
cessada a chuva e, no rumor das águas,
meus barcos de papel eram jogados...
Sumiam na enxurria, como tantos
sonhos que eu tive e foram pelas mágoas
de uma outra correnteza carregados.


III. Os Capinadores

A Rua da República era toda
de paralelepípedos de pedras.
Mas, crescia, de tempo em tempo, à-toa
um capim, ninguém sabe como, entre elas.
Daí, para cortá-lo o ato da força
que encantava as crianças — e elas eram
pobres. Munidas de uma rude coisa
feitas de tiras de metal, que houveram
sido arrancados de desfeitos fardos,
capinavam essas pedras. No trabalho,
árduo e precoce, de arrancar capim
essas crianças jogadas pela ruas,
do convívio do lar e seminuas
eram arrancadas, tinham o mesmo fim.

Brasília, 2 de maio de 1993

*
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Página publicada em janeiro de 2025


 

 

 
 
 
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